Herdaremos uma Herança maldita
Investimentos de alto risco de mais
de R$ 1 bilhão realizados pelos ex-diretores indicados na gestão Mazoni,
com R$ 615 milhões já provisionados como perda, desafiam futura gestão
do SERPROS
São grandes os desafios a serem enfrentados pela futura gestão do SERPROS, que tomará posse no dia 02 de dezembro próximo. Os investimentos de alto risco de perda realizados nas administrações do SERPROS de 2011 a 2015, nomeadas na gestão Mazoni, alcançam cerca de R$ 1,144 bilhão (correspondente a 22,3 % do patrimônio do Fundo, em agosto/2016), segundo números apresentados pelos técnicos do SERPROS, na vídeo- conferência realizada em 27 de setembro passado (Clique em http://www.serpros.com.br/wp-content/uploads/2016/10/apresentacao_videoconferencia_02.pdf, para ter acesso à integra da apresentação). Deste total, até agosto/2016, R$ 147,02 milhões já saíram do patrimônio do SERPROS (sendo R$ 102,02 milhões somente do BVA); R$ 468,54 milhões saíram dos patrimônios dos planos, sendo provisionados como PCLD - Perdas para Crédito de Liquidação Duvidosa, já que os respectivos títulos não foram honrados na data de vencimento; e R$ 528,33 milhões estão em alerta, ou seja, em análise quanto à possibilidade de provisionamento, devido à grave situação econômico-financeira por que passam as empresas emissoras dos títulos.
Dos R$ 468,54 milhões provisionados, R$ 136,60 milhões saíram do patrimônio do PS I, o que elevou o déficit do plano para R$ 143,73 milhões. Se o déficit tivesse que ser equacionado agora, o aumento nas contribuições seria de mais de 50%, o que elevaria as contribuições dos atuais assistidos para no mínimo 20% do benefício recebido. Ou seja, para cada R$100,00 de benefício recebido, seriam descontados R$ 20,00. No PS II – CD (parte do plano dos participantes ativos), R$ 187,39 milhões saíram dos saldos de contas dos participantes, o que os obrigará, se não forem recuperadas estas perdas, a trabalharem por cerca de mais 12 meses para conseguirem a renda de aposentadoria projetada no final de 2014. E o PS II – BD (parte do plano dos participantes assistidos), mesmo estando superavitário em R$ 352,58 milhões, perdeu R$ 144,55 milhões, o que cancelou a distribuição de parte do superávit que haveria em 2015, em forma de redução nas contribuições de ativos e assistidos.
Além destes prejuízos, o SERPROS ainda corre o risco de ser condenado pela Justiça a pagar dívidas trabalhistas dos Restaurantes Porcão, em fase pré-falimentar, já que o Juiz da 33ª Vara TRT/RJ (Processo 0010829-98.2014.5.01.0033) determinou o bloqueio de R$ 652 milhões do SERPROS, aplicados em Títulos Públicos, até que seja decidida a ação judicial impetrada pelo Interventor, em outubro/2015, junto à 11ª Vara Cível do TJ/RJ (Processo 0436502-40.2015.8.19-0001), para anular o memorando de intenções de conversão em ações das aplicações em debêntures no Grupo BFG (controlador do Porcão) assinado pelo ex-Diretor de Investimentos, punido pela PREVIC por gestão temerária, quando da realização da aplicação, o que nos tornaria sócios da empresa e, portanto, também responsáveis pelo pagamento de suas dívidas.
São grandes os desafios a serem enfrentados pela futura gestão do SERPROS, que tomará posse no dia 02 de dezembro próximo. Os investimentos de alto risco de perda realizados nas administrações do SERPROS de 2011 a 2015, nomeadas na gestão Mazoni, alcançam cerca de R$ 1,144 bilhão (correspondente a 22,3 % do patrimônio do Fundo, em agosto/2016), segundo números apresentados pelos técnicos do SERPROS, na vídeo- conferência realizada em 27 de setembro passado (Clique em http://www.serpros.com.br/wp-content/uploads/2016/10/apresentacao_videoconferencia_02.pdf, para ter acesso à integra da apresentação). Deste total, até agosto/2016, R$ 147,02 milhões já saíram do patrimônio do SERPROS (sendo R$ 102,02 milhões somente do BVA); R$ 468,54 milhões saíram dos patrimônios dos planos, sendo provisionados como PCLD - Perdas para Crédito de Liquidação Duvidosa, já que os respectivos títulos não foram honrados na data de vencimento; e R$ 528,33 milhões estão em alerta, ou seja, em análise quanto à possibilidade de provisionamento, devido à grave situação econômico-financeira por que passam as empresas emissoras dos títulos.
Dos R$ 468,54 milhões provisionados, R$ 136,60 milhões saíram do patrimônio do PS I, o que elevou o déficit do plano para R$ 143,73 milhões. Se o déficit tivesse que ser equacionado agora, o aumento nas contribuições seria de mais de 50%, o que elevaria as contribuições dos atuais assistidos para no mínimo 20% do benefício recebido. Ou seja, para cada R$100,00 de benefício recebido, seriam descontados R$ 20,00. No PS II – CD (parte do plano dos participantes ativos), R$ 187,39 milhões saíram dos saldos de contas dos participantes, o que os obrigará, se não forem recuperadas estas perdas, a trabalharem por cerca de mais 12 meses para conseguirem a renda de aposentadoria projetada no final de 2014. E o PS II – BD (parte do plano dos participantes assistidos), mesmo estando superavitário em R$ 352,58 milhões, perdeu R$ 144,55 milhões, o que cancelou a distribuição de parte do superávit que haveria em 2015, em forma de redução nas contribuições de ativos e assistidos.
Além destes prejuízos, o SERPROS ainda corre o risco de ser condenado pela Justiça a pagar dívidas trabalhistas dos Restaurantes Porcão, em fase pré-falimentar, já que o Juiz da 33ª Vara TRT/RJ (Processo 0010829-98.2014.5.01.0033) determinou o bloqueio de R$ 652 milhões do SERPROS, aplicados em Títulos Públicos, até que seja decidida a ação judicial impetrada pelo Interventor, em outubro/2015, junto à 11ª Vara Cível do TJ/RJ (Processo 0436502-40.2015.8.19-0001), para anular o memorando de intenções de conversão em ações das aplicações em debêntures no Grupo BFG (controlador do Porcão) assinado pelo ex-Diretor de Investimentos, punido pela PREVIC por gestão temerária, quando da realização da aplicação, o que nos tornaria sócios da empresa e, portanto, também responsáveis pelo pagamento de suas dívidas.